O Castelo de Arouce, fica localizado a cerca de dois quilómetros da freguesia, vila e concelho da Lousã, no distrito de Coimbra em Portugal. Encontra-se construído em posição dominante, no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, no local onde outrora existia a povoação de Arouce. É contornado em três dos seus lados pelo rio Arouce, sendo que, por esse motivo, muitos comparam-no com uma península. Hoje é conhecido por muitos como Castelo da Lousã.
Este castelo, possuidor de um aspeto bélico, abarca uma belíssima paisagem de um verde intenso e terras sem fim. É um edifício grandioso, rodeado de lendas contadas ao longo de várias gerações.
O Castelo de Arouce foi, em tempos, moradia de reis e de princípes, sendo já habitado no ano de 79 a.C., possuindo assim mais de 2000 anos de história.
História
A pequena povoação de Arouce, agora extinta, foi em tempos um local bem distinto da vizinha Lousã, sendo que, na época da fundação de Portugal era uma povoação bem mais importante. Esse fato é confirmado por documentos que remontam ao ano de 913.
Não se sabe exatamente em que ano foi construído o Castelo de Arouce, mas o mais provável é que a sua construção tenha ocorrido durante o século XI.
Mais tarde, em 1151, D. Afonso Henriques passou a Arouce um foral, que viria a ser confirmado por D. Afonso II. Nesses documentos pode ler-se que Arouce era nessa época uma vila, ao passo que Lousã era uma aldeia.
Em 1313, como consta de uma carta de doação passado por D. Dinis a favor de um dos seus filhos ilegítimos, João Afonso, estas distinção entre as duas povoações, com proeminência para a povoação de Arouce, ainda existia, sendo que aí são referidas descriminadamente a vila de Arouci, Lousã e Azor.
No entanto, com o passar dos tempos, Lousã foi crescendo, a ponto de, quando D. Manuel I, rei de Portugal, fez a reforma foraleira, em 1513, o foral já não foi atribuído a Arouce, mas sim a Lousã. Nessa altura, a povoação de Arouce provavelmente já teria desaparecido pois o Castelo mencionado no foral já é denominado de Castelo da Lousã.
Ao longo dos séculos, tanto Arouce como Lousã foram testemunhas e vítimas das diversas lutas que foram assolando a região, tendo o Castelo de Arouce um papel preponderante em muitas dessas lutas. Por exemplo, já na segunda metade do século XI, mais precisamente em 1064, Fernando Magno reconquistou Coimbra aos muçulmanos, trazendo a fronteira da Reconquista Cristã definitivamente até ao amparo das Serras da Lousã e da Estrela. Deste modo, quando D. Afonso Henriques ocupou o groverno do Condado Portucalense, já as terras de Arouce e o seu Castelo faziam parte desse património.
Apesar de não existir documentação que permita dizer com precisão quando foi construído o Castelo de Arouce, existe uma lenda local que dá a entender que a construção deverá ter ocorrido ainda no tempo da dominação romana. Conta-se que, certo chefe mouro de nome Arunce foi repelido dos seus estados em Conimbriga por inimigos que vinham do mar. Assim, ele refugiou-se nesta zona da serra da Lousã, dando o seu nome à localidade e edificando aí um Castelo onde pretendia resguardar a sua filha Peralta, e também guardar os seus tesouros. No entanto, muitos historiadores não dão qualquer valor a esta lenda local e atribuem a edificação do Castelo de Arouce ao Conde Sesnando, em 1080, ano em que Fernando Magno lhe concedeu o governo da vasta circuncrição conimbricense.
Caraterísticas
O Castelo de Arouce é um edifício de modestas dimensões, composto por uma linha de muralhas de planta aproximadamente escutiforme, que circuita um pequeno terreiro com cerca de 130 metros quadrados. Esta linha de muralhas é reforçada por quatro torreões semi-cilindricos, dois dos quais defendendo a entrada que fica rasgada na face oriental.
Adossada à muralhas do Castelo, pelo lado norte, ergue-se a dominadora torre de menagem que possui uma porta aberta do lado interior, ao nível dos adarves. A porta tem formato ogival , testemunhando assim alguns melhoramentos que foram feitos alguns séculos após a sua contrução, já que este estilo de portas é bem mais recente que a fundação do Castelo.
Ao longo dos anos, com o fim da sua povoação, o Castelo de Arouce foi sendo vítima de natural degradação, tendo sido muito recentemente objeto de obras de restauro empreendidas pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais. Ainda assim, essas obras foram apenas no sentido de evitar a ruína, encontrando-se atualmente o mesmo a necessitar de obras de restauro que lhe voltem a conferir a dignidade merecida por um monumento nacional com cerca de dez séculos de história.
Este castelo, possuidor de um aspeto bélico, abarca uma belíssima paisagem de um verde intenso e terras sem fim. É um edifício grandioso, rodeado de lendas contadas ao longo de várias gerações.
O Castelo de Arouce foi, em tempos, moradia de reis e de princípes, sendo já habitado no ano de 79 a.C., possuindo assim mais de 2000 anos de história.
História
A pequena povoação de Arouce, agora extinta, foi em tempos um local bem distinto da vizinha Lousã, sendo que, na época da fundação de Portugal era uma povoação bem mais importante. Esse fato é confirmado por documentos que remontam ao ano de 913.
Não se sabe exatamente em que ano foi construído o Castelo de Arouce, mas o mais provável é que a sua construção tenha ocorrido durante o século XI.
Mais tarde, em 1151, D. Afonso Henriques passou a Arouce um foral, que viria a ser confirmado por D. Afonso II. Nesses documentos pode ler-se que Arouce era nessa época uma vila, ao passo que Lousã era uma aldeia.
Em 1313, como consta de uma carta de doação passado por D. Dinis a favor de um dos seus filhos ilegítimos, João Afonso, estas distinção entre as duas povoações, com proeminência para a povoação de Arouce, ainda existia, sendo que aí são referidas descriminadamente a vila de Arouci, Lousã e Azor.
No entanto, com o passar dos tempos, Lousã foi crescendo, a ponto de, quando D. Manuel I, rei de Portugal, fez a reforma foraleira, em 1513, o foral já não foi atribuído a Arouce, mas sim a Lousã. Nessa altura, a povoação de Arouce provavelmente já teria desaparecido pois o Castelo mencionado no foral já é denominado de Castelo da Lousã.
Ao longo dos séculos, tanto Arouce como Lousã foram testemunhas e vítimas das diversas lutas que foram assolando a região, tendo o Castelo de Arouce um papel preponderante em muitas dessas lutas. Por exemplo, já na segunda metade do século XI, mais precisamente em 1064, Fernando Magno reconquistou Coimbra aos muçulmanos, trazendo a fronteira da Reconquista Cristã definitivamente até ao amparo das Serras da Lousã e da Estrela. Deste modo, quando D. Afonso Henriques ocupou o groverno do Condado Portucalense, já as terras de Arouce e o seu Castelo faziam parte desse património.
Apesar de não existir documentação que permita dizer com precisão quando foi construído o Castelo de Arouce, existe uma lenda local que dá a entender que a construção deverá ter ocorrido ainda no tempo da dominação romana. Conta-se que, certo chefe mouro de nome Arunce foi repelido dos seus estados em Conimbriga por inimigos que vinham do mar. Assim, ele refugiou-se nesta zona da serra da Lousã, dando o seu nome à localidade e edificando aí um Castelo onde pretendia resguardar a sua filha Peralta, e também guardar os seus tesouros. No entanto, muitos historiadores não dão qualquer valor a esta lenda local e atribuem a edificação do Castelo de Arouce ao Conde Sesnando, em 1080, ano em que Fernando Magno lhe concedeu o governo da vasta circuncrição conimbricense.
Caraterísticas
O Castelo de Arouce é um edifício de modestas dimensões, composto por uma linha de muralhas de planta aproximadamente escutiforme, que circuita um pequeno terreiro com cerca de 130 metros quadrados. Esta linha de muralhas é reforçada por quatro torreões semi-cilindricos, dois dos quais defendendo a entrada que fica rasgada na face oriental.
Adossada à muralhas do Castelo, pelo lado norte, ergue-se a dominadora torre de menagem que possui uma porta aberta do lado interior, ao nível dos adarves. A porta tem formato ogival , testemunhando assim alguns melhoramentos que foram feitos alguns séculos após a sua contrução, já que este estilo de portas é bem mais recente que a fundação do Castelo.
Ao longo dos anos, com o fim da sua povoação, o Castelo de Arouce foi sendo vítima de natural degradação, tendo sido muito recentemente objeto de obras de restauro empreendidas pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais. Ainda assim, essas obras foram apenas no sentido de evitar a ruína, encontrando-se atualmente o mesmo a necessitar de obras de restauro que lhe voltem a conferir a dignidade merecida por um monumento nacional com cerca de dez séculos de história.
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