D. Pedro IV

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quinta-feira, maio 25, 2006

Costumes “ insólitos”?
Talvez para nós, hoje…
Judicum feretri, judicum cruentationis
Ou ,mais vulgarmente, “ prova do círculo”.

Ainda o sangue… O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigénio e nutrientes a todos os órgãos. Apesar da evolução científica, somente o homem pode fabricá-lo. Ele constituiu-se como elemento fundamental das representações ao longo de toda a História.

(Na Idade Média) ” …reconhecia-se em geral a força punitiva do sangue e sua efusão podia vir a ser admitida como prova em determinados processos. Tal prática consistia na exposição pública do acusado diante do cadáver da vítima, dentro de um círculo: se algum sangue escorresse do cadáver após ter sido tocado pelo acusado a manifestação era considerada indício de culpa. Tratava-se pois, de uma exemplo de “ justiça imanente” pela qual a vontade divina estabelecia a verdade e o direito. Esta concepção orientava a realização das provas por “ juízos de Deus” conhecidas pelo nome genérico de ordálias vigentes oficialmente até ao século XIII e subsistentes até pelo menos o século XVII (PLATELLE, 1974; BARTHÉLEMY, 1988; GRIPPARI, 1987).”
In
http://www.brathair.com/Revista/N6/sangue_arturiano.pdf
Outros " Juízos de Deus" eram vulgarmente utilizados para fazerem prova de inocência ou culpabilidade do acusado, como a prova da água ou a prova do fogo (ver figura). Consistiam em expor-se o corpo do acusado a um daqueles elementos o tempo geralmente tido como suficiente para lhe causar a morte. Se sobrevivesse era inocente, claro!...

terça-feira, maio 09, 2006

"Sangue azul"



Na Idade Média, blasfemar era um pecado mortal e, os camponeses, jamais se arriscavam a nele incorrer. Os senhores feudais, porém, costumavam fazê-lo sem o menor escrúpulo, até ao dia em que certo jesuíta, favorito do rei, lhes proibiu empregar o nome de Deus em suas blasfémias predilectas. Eles contornavam essa dificuldade substituindo “Deus” por “Azul”.
E , assim, essas imprecações foram-se modificando:

Par la mort de Dieu (pela morte de Deus) passou a ser Morbleu;Sacré Dieu (Santo Deus) passou a ser Sacrebleu;Par le sang de Dieu (Pelo sangue de Deus), Palsembleu, etc...


A criadagem, que ouvia essas imprecações, retinha apenas o final, ou seja, Sang Bleu, sangue azul. O uso dessa blasfémia era privilégio da nobreza. Então, para distinguir um nobre de um plebeu, os criados costumavam dizer: "Esse é um sangue-azul!".
http://www.imasters.com.br/artigo/3361
(esta informação foi integralmente transcrita do site transcrito, tendo sido apenas feitas algumas correcções gramaticais, ortográficas e sintácticas). Poderemos então sintetizar que “ sangue azul” se tornou sinal de nobreza e de privilégio. Vide foto que ilustra bem essa situação de “ favorecido”… O camponês como “animal de carga” para nobres e religiosos, mantêm-se ainda no século XIX e grande parte do século XX….
Doença azul ou sangue azul tem também a ver com uma situação clínica em que o indivíduo revela, numa parte do corpo, veias de coloração azul, devido à fraca oxigenação dessa zona. Parece ser também uma expressão popular.
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php