D. Pedro IV

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sexta-feira, abril 28, 2006

Os blogs e as suas razões

Por que razões fazemos este blog?

1) Porque somos muito curiosos;
2) Porque queremos que os alunos sejam ainda mais curiosos;
3) Porque somos de história;
4) Porque somos professores;
5) Porque gostamos "à brava" de ser professores, apesar de...;
6) Porque nos divertimos bastante;
7) Porque somos convencidos e achamos sempre que temos coisas para dizer;
8) Porque gostamos que os alunos gostem de história;
9) Porque gostamos de contar histórias;
10) Porque sabemos de informática o suficiente para perceber a instrução "Publicar postagem";
11) Porque conhecer o que se passou no passado é essencial para compreender o presente;
12) Porque gostamos de fazer coisas novas;
13) Porque este é mais um espaço para os alunos "verem" os seus trabalhos;
14) Porque o Conselho Executivo não proibiu e o Ministério também não;
15) Porque o Conselho Executivo apadrinhou o "passadocurioso";
16) Porque, se calhar, o Conselho Executivo é tão curioso como nós;
17) Porque a "Guilhotina" corta as cabeças a direito (e nós não gostamos de coisas tortas) e lança ideias a torto e a direito;
18) Porque a"BloodyMary" tem muitas histórias sangrentas para contar;
19 Porque o Raspoutine é tão místico que guarda as coisas giras que sabe só para si;
20) Porque que temos uma rainha e mãe e é de aproveitar tanta nobreza;
21) Porque o Espada Xim tem a espada romba, mas a língua afiada e a barba aparada;
22) Porque a gente gosta do passado, e pronto!






























terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril de 1974


No dia 25 de Abril de 1974, uma revolução pôs fim a 48 anos de ditadura em Portugal.
A rádio transmitiu duas canções que serviram como sinal para que os militares tivessem a certeza que podiam desencadear as operações militares. Eram as senhas para o início da revolução dos cravos!


E Depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

José Niza


Grândola Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Zeca Afonso

quarta-feira, abril 19, 2006

Massacre de Judeus em Lisboa



Transcrição:
“Da Contenda Cristã, que Recentemente Teve Lugar em Lisboa, Capital de Portugal, Entre Cristãos e Cristãos-Novos ou Judeus, Por Causa do Deus Crucificado”.
Panfleto anónimo, com apenas seis folhas, impresso na Alemanha (presumivelmente poucos meses depois do massacre de Lisboa). O “progrom” de 1506 contra os judeus de Lisboa é descrito em detalhe e as matanças contadas ao pormenor por uma testemunha ocular. A gravura do frontispício mostra os corpos mutilados e envoltos em chamas de dois judeus portugueses, dois irmãos, os primeiros a morrer num massacre que vitimou mais de 4 mil pessoas.(A gravura original encontra-se na Houghton Library, na Universidade de Harvard).

No "pogrom" de Lisboa de 19 de Abril de 1506, durante o reinado do Rei Manuel I de Portugal, um "cristão-novo" (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo sob pena de morte) expressa as suas dúvidas sobre as visões milagrosas na Igreja de S. Domingos em Lisboa. Como consequência, cerca de 4000 judeus, homens, mulheres e crianças, foram massacrados pela população católica, incitados por frades dominicanos. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca que assolava o país. A matança durou três dias.

(
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa)

Até onde pode levar o fanatismo e a intolerância religiosa!…Uma das descrições da matança foi feita pelo cronista Garcia de Resende na “Miscelânea”:

"Vi que em Lisboa se alçaram/povo baixo e vilãos/contra os novos cristãos/mais de quatro mil mataram/dos que houveram nas mãos. /Uns deles vivos queimaram, /meninos despedaçaram, /fizeram grandes cruezas, /grandes roubos e vilezas, /em todos quanto acharam".

e ainda...
“..a uns quatro mil deles passaram-nos a golpe de espada e colocaram a mão nos despojos; violaram as suas meninas e donzelas e as suas mulheres…uma mulher matou um dos monges que a tentou violar, com o instrumento que levava na mão.”
in: Yosef Ha-Kohen, El valle del LLanto.
Informação do Jornal O Público,em 16 de Abril de 2006
E ainda...
Ligação gentilmente cedida por Espada Xim sobre o tema:



quinta-feira, abril 13, 2006

Porque "pictura est laicorum literatura", aqui fica o resto da ilustração da época

Descida da Cruz
Ressurreição
Ascensão
A expressão é de Umberto Eco em o Nome da Rosa.
As pinturas são de António Nogueira, século XVI e estão no Museu Regional de Beja

quarta-feira, abril 12, 2006

Crucifixação e flagelação


A crucifixação era um castigo muito utilizado pelos romanos, na antiguidade.
Jesus Cristo parece ter sido uma das suas vítimas , por perturbar a ordem pública e política.
A Páscoa, no Cristianismo, celebra a ressurreição de Cristo, após a sua morte na cruz.

Antes da crucifixação, era uso praticar a flagelação para enfraquecer o condenado. As pontas do látego ( espécie de chicote com duas ou mais tiras em pele ) podiam ser de chumbo ou ossos de carneiro.Horácio diz, "sectum flageIlis. . . prae­conis ad fastidium - dilacerado pelos açoites. .. até enfas­tiar o carrasco".

As dores eram, certamente, horríveis. Aqui vai a explicação científica das reacções do corpo ao suplício:

"O crucificado acabava morrendo por asfixia. O peso do corpo, pendente dos braços esticados para cima, provocava cãibras terríveis que se espalhavam por todo o corpo. Cãibras que afectam os músculos que permitem a inspiração: os pulmões enchem-se de ar, mas não conseguem expirar. Com isso a oxigenação do sangue começa a entrar em colapso. O condenado podia recuperar a respiração durante algum tempo firmando-se nos pés para erguer o corpo. Os pés estavam amarrados ou pregados, e por isso não era possível apoiar-se sobre eles por muito tempo. Faltando o apoio, o corpo novamente pesava sobre os braços e recomeçava o sufocamento. Para interromper o ciclo e apressar a morte bastava quebrar as pernas do condenado."
Para saber mais:
http://www.psleo.com.br/b_paixao_cristo.htm

domingo, abril 02, 2006

O Assador (revisitado)

O assador faz parte de uma pintura do início do século XVI ( O Inferno) e pode ser visto aqui:



Ver e saber mais em: http://www.uc.pt/artes/6spp/