D. Pedro IV

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domingo, outubro 26, 2014

Exposição marca os 180 anos da morte de D.Pedro IV

 O objetivo deste projeto museológico consistiu em estudar e valorizar o Quarto D. Quixote e os espaços adjacentes, bem como a figura de D. Pedro IV, através de uma nova museografia e de vários suportes interpretativos, com destaque para os digitais. 

Quando:25 de Setembro de 2014 @ 9:00 am – 5:30 pm
Repetição:Diariamente até 27 de Março de 2015
Onde:Palácio de Queluz

 http://www.parquesdesintra.pt/agenda-cultural/

 

 

domingo, outubro 05, 2014

O que aconteceu a 5 de outubro de 1910?

A República Portuguesa foi proclamada em Lisboa a 5 de outubro de 1910. Nesse dia foi organizado um governo provisório, que tomou o controlo da administração do país, chefiado por Teófilo Braga, um dos teorizadores do movimento republicano nacional. Iniciava-se um processo que culminou na implantação de um regime republicano, que definitivamente afastou a monarquia.
Este governo, pelos decretos de 14 de março, 5, 20 e 28 de abril de 1911, impôs as novas regras da eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, reunida pela primeira vez a 19 de junho desse ano, numa sessão onde foi sancionada a revolução republicana; foi abolido o direito da monarquia; e foi decretada uma república democrática, que veio a ser dotada de uma nova Constituição, ainda em 1911.
http://www.infopedia.pt/$implantacao-da-republica;jsessionid=S7MnMsFSiEjkZYFyBTtXGg__

sábado, abril 19, 2014

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, Lugares de Memória

Hoje, 18 de abril, comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, Lugares de Memória.
Para assinalar esta data o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, deu a conhecer um pouco da sua história e da sua função ao longo dos tempos.


Quando a cantiga se fez arma

29 de março de 1974, 22H00
No Coliseu dos Recreios concentram-se 7 mil pessoas para o I Encontro da Canção Portuguesa
O ambiente está tenso, o Coliseu foi convertido numa fortaleza sitiada por centenas de polícias de choque, canhões de água e de tinta azul, bastões e gás lacrimogéneo e cães com ar de poucos amigos. 
Nos bastidores trava-se uma acesa discussão entre os representantes da entidade organizadora, a Casa da Imprensa, e os da ditadura de Marcelo Caetano porque a censura tinha recusado dezenas de canções e tinha proibido que se cantassem versos de outras.
A Casa da Imprensa havia cumprido com o que lhe era solicitado, tinha submetido as letras das músicas à aprovação da Direção dos Serviços de Espetáculos a 15 de março, mas apenas por volta das 21 horas de 29 de março, com o objetivo de forçar a Casa da Imprensa a cancelar o espetáculo. Os organizadores estão determinados a avançar, mesmo que apenas com um verso de cada canção. Pelo palco vão passando cantores, ficando para o fim os chamados pesos-pesados, cuja participação o regime tentara impedir. A apoteose fica a cargo de José Afonso, cujas canções foram passadas a pente fino pelos censores, que deixaram passar Grândola Vila Morena. No palco entrelaçam-se os braços, os corpos oscilam da esquerda para a direita, acompanhando a cadência alentejana. O público segue o exemplo. Um mar de gente abraça-se e entoa Grândola Vila Morena (do álbum Cantigas de Maio, de 1971, e até aí inofensiva). Seguiu-se o inócuo Milho Verde. E novamente Grândola, mas agora convertida em hino subversivo. Zeca cantava acompanhado pelo público, que berrava a estrofe "o povo é quem mais ordena".

As luzes apagam-se e os holofotes fazem um jogo de luzes que incide sobre o público e sobre o palco. É uma e meia da manhã e as pessoas saem do Coliseu abraçadas e a cantar. Entre elas, alguns militadres do MFA. Estava escolhida a senha, para passar na Rádio Renascença, à meia-noite e vinte da madrugada de 25 de abril de 1974.
in Revista Visão, n.º 1099, 27 de março a 2 de abril 2014, pp. 28-31


No centenário da Grande Guerra



A 4 de agosto de 1914 chegava a notícia da declaração de Guerra da Inglaterra à Alemanha e um recado britânico que aconselhava o Governo Português a abster-se de proclamar a neutralidade, de modo a cumprir as suas obrigações internacionais que a aliança com Inglaterra lhe impunha.
Por pressão do Foreign Office, Portugal não podia declarar-se nem beligerante nem neutral face à Guerra que eclodira na Europa. Contudo, a partir da declaração de guerra que a Alemanha nos dirigiu em março de 1916, na sequência do aprisionamento dos navios alemães em porto portugueses a pedido de Inglaterra, Portugal acabou por se constituiur como país beligerante. Foi constituído o Corpo Expedicionário Português (CEP) e assistiu-se à partida dos mais de 75 mil soldados portugueses para a Flandres… seguiu-se o esforço de guerra, as privações, as mortes...

Entre 1914 e 1918 partiram para a Guerra mais de 100 mil soldados portugueses. Combaeram em África, lutaram na Flandres. Contam-se umas 40 mil baixas. Morreram quase 8 mil homens, outros tantos ficaram feridos; 6 mil foram considerados desaparecidos e mais de 7 mil foram feitos prisioneiros.


O balanço da I Guerra foi pesado, intenso e duradouro. Portugal sofreria duramente o conflito. Para tanto, diga-se, bastava o elevado grau de dependência externa que caracterizava o País, numa altura em que tudo, ou quase tudo, o que precisava para que a sua economia funcionasse dependia do exterior. A República, recém-implantada, soçobraria.

Fonte: “No centenário da Grande Guerra”, Maria Fernanda Rollo, in Revista da Ordem dos Engenheiros, jan./fev. 2014, pp. 101-103


A Guerra surpreendeu sobretudo pela extensão da brutalidade avassaladora que aprisionou o Mundo.

Aquilino Ribeiro registou “A Guerra … copiou a vassoira das bruxas, o corcel alado das valquírias e vem pelo escuro semear a destruição e a morte (domingo, 2 de agosto de 1914, Aquilino Ribeiro, em “É a Guerra”, Amadora: Bertrand, 1958)

terça-feira, março 11, 2014

50.º Aniversário da emigração portuguesa

Na manhã do dia 10 de setembro de 1964, Armando Rodrigues de Sá foi recebido em Colónia como uma estrela: era o imigrante um milhão. Em Colónia, à estação de Deutz, acabavam de chegar dois comboios com 1106 trabalhadores estrangeiros: 933 espanhóis e 173 portugueses. E ao contrário do que acontecia habitualmente, iam ter direito a um comité de boas-vindas.
Motivo: assinalar a chegada do milionésimo gastarbeiter – trabalhador convidado em alemão. (…) Assim que os passageiros desceram para o cais, intrigados com tanto aparato. Um intérprete começou então a percorrer as filas de trabalhadores e a gritar com sotaque germânico: “Armando Rodrigues! Armando Rodrigues!”Ao fundo da plataforma, Armando Rodrigues de Sá, 38 anos, não sabia o que fazer. “Ficou assustado. Achou que era a PIDE”, contou a viúva. Nervoso, tentou esconder-se. Por alguma razão que desconhecia poderiam querer prendê-lo. Ou enviá-lo de volta para Portugal, como tinha acontecido a 24 parceiros de viagem sem os papéis em ordem e que acabaram por ficar na fronteira. Incentivado pelos companheiros de viagem, que gritaram “está aqui!, está aqui!”, o carpinteiro avançou. O intérprete explicou-lhe então que era o operário um milhão a chegar à Alemanha e que o governo tinha um prémio para ele”. Aos poucos, a tensão no seu rosto foi substituída por um sorriso largo, quando lhe deram para a mão – além de um ramo de flores e de um diploma a assinalar a ocasião – uma mota nova, da marca Zündapp. O ato foi transmitido pela televisão.
Naquela época, quem quisesse obter um passaporte válido para sair do País tinha de recorrer à Junta de Emigração e preencher uma série de requisitos: ter o serviço militar cumprido, apresentar uma certidão do registo criminal, documentar o grau de escolaridade, entregar uma certidão de nascimento, comprovar o estado civil e assinar uma declaração em que se responsabilizava pelo bem-estar da família. Criada em 1947, a Junta da Emigração cooperava com os países que angariavam operários em Portugal, com o objetivo de controlar as saídas. Em 1961, a Embaixada Alemã em Lisboa queixava-se da demora dos processos de emigração. Por isso, a 17 de março de 1964, os governos de Portugal e da República Federal da Alemanha assinaram um acordo de destacamento de trabalhadores, ao abrigo do qual o Departamento Federal do Trabalho Germânico abriu escritórios em Lisboa e no Porto. Apesar de a Alemanha atravessar um período de grande crescimento económico, o recrutamento em Portugal continuou lento. Os Alemães pensavam que tal acontecia porque não conheciam a Alemanha. Por isso, decidiram fazer uma cerimónia para mostrar que eram bem recebidos. Armando Rodrigues de Sá tornou-se um símbolo que representa a história da imigração. Hoje, aparece nos livros escolares da Alemanha, é frequentemente referido em documentários televisivos e há vários filmes que recuperaram as imagens da sua chegada a Colónia.

                                                                         in Revista Sábado, n.º 513, fev./mar. 2014, pp. 76-79

sexta-feira, fevereiro 14, 2014


Lisboa- o sinal de trânsito mais antigo da cidade, 1686


Sabem onde fica em Lisboa o sinal de trânsito mais antigo da cidade?

Na Rua do Salvador, n. º 26, em Alfama.

Junto segue a foto e leiam esta descrição:

É uma placa que data de 1686 e foi mandada afixar por D. Pedro II para orientar os coches que passavam por esta rua estreita.

Diz assim: "Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte". Ou seja, o coche que vem de cima perde prioridade em relação ao coche que vem de baixo.

Esta rua, que foi muito importante há 4 séculos, quando ligava as portas do Castelo de São Jorge à Baixa, é, hoje em dia, uma pequena travessa, infelizmente cheia de prédios arruinados (como tantas outras nas redondezas), entre a Rua das Escolas Gerais e a Rua de São Tomé. A meio da pequena subida há um edifício, fora do alinhamento dos restantes, que a estrangula.

No tempo de D. Pedro II este estreitamento era causa de muitas discórdias entre os carroceiros que subiam ou desciam a rua. Se dois se encontrassem a meio, nenhum cedia passagem, uma vez que era tarefa difícil fazer recuar os animais. Houve mesmo lutas e duelos, com feridos e mortos.

Para evitar tais discórdias, foi publicado então um édito real e afixada esta placa no local, estabelecendo a prioridade a respeitar em tal situação.

 

Lenda de S. Valentim

Lenda de São Valentim
 
 Diz-se que o imperador Cláudio pretendia reunir um grande exército para expandir o império romano.Para isso, queria que os homens se alistassem como voluntários, mas a verdade é que eles estavam fartos de guerras e tinham de pensar nas famílias que deixavam para trás...
Se eles morressem em combate, quem é que as sustentaria?
Cláudio ficou furioso e considerou isto uma traição. Então teve uma ideia: se os homens não fossem casados, nada os impediria de ir para a guerra. Assim, decidiu que não seriam consentidos mais casamentos.
Os jovens acharam que essa era uma lei injusta e cruel. Por seu turno, o sacerdote Valentim, que discordava completamente da lei de Cláudio, decidiu realizar casamentos às escondidas.
A cerimónia era um acto perigoso, pois enquanto os noivos se casavam numa sala mal iluminada, tinham que ficar à escuta para tentar perceber se haveria soldados por perto.
Uma noite, durante um desses casamentos secretos, ouviram-se passos. O par que no momento estava a casar conseguiu escapar, mas o sacerdote Valentim foi capturado. Foi para a prisão à espera que chegasse o dia da sua execução.
Durante o seu cativeiro, jovens passavam pelas janelas da sua prisão e atiravam flores e mensagens onde diziam acreditar também no poder do amor.
Entre os jovens que o admiravam, encontrava-se a filha do seu carcereiro. O pai dela consentiu que ela o visitasse na sua cela e aí ficavam horas e horas a conversar.
No dia da sua execução, Valentim deixou uma mensagem à sua amiga (por quem dizem que se apaixonou), agradecendo a sua amizade e lealdade.
Ao que parece, essa mensagem foi o início do costume de trocar mensagens de amor no dia de S. Valentim, celebrado no dia da sua morte, a 14 de Fevereiro do ano de 269.