D. Pedro IV

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quinta-feira, junho 22, 2006

Pedro Nunes (cont. 1)

"Clique" na imagem para aumentar.





Pedro Nunes

Trabalho elaborado para a disciplina de Matemática pela viajante no tempo, curiosa incansável e excelente aluna, Adriana Dias, nº 1 do 6ºC.
Uma história desenhada com saber e o sabor de aprender.






























quinta-feira, maio 25, 2006

Costumes “ insólitos”?
Talvez para nós, hoje…
Judicum feretri, judicum cruentationis
Ou ,mais vulgarmente, “ prova do círculo”.

Ainda o sangue… O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigénio e nutrientes a todos os órgãos. Apesar da evolução científica, somente o homem pode fabricá-lo. Ele constituiu-se como elemento fundamental das representações ao longo de toda a História.

(Na Idade Média) ” …reconhecia-se em geral a força punitiva do sangue e sua efusão podia vir a ser admitida como prova em determinados processos. Tal prática consistia na exposição pública do acusado diante do cadáver da vítima, dentro de um círculo: se algum sangue escorresse do cadáver após ter sido tocado pelo acusado a manifestação era considerada indício de culpa. Tratava-se pois, de uma exemplo de “ justiça imanente” pela qual a vontade divina estabelecia a verdade e o direito. Esta concepção orientava a realização das provas por “ juízos de Deus” conhecidas pelo nome genérico de ordálias vigentes oficialmente até ao século XIII e subsistentes até pelo menos o século XVII (PLATELLE, 1974; BARTHÉLEMY, 1988; GRIPPARI, 1987).”
In
http://www.brathair.com/Revista/N6/sangue_arturiano.pdf
Outros " Juízos de Deus" eram vulgarmente utilizados para fazerem prova de inocência ou culpabilidade do acusado, como a prova da água ou a prova do fogo (ver figura). Consistiam em expor-se o corpo do acusado a um daqueles elementos o tempo geralmente tido como suficiente para lhe causar a morte. Se sobrevivesse era inocente, claro!...

terça-feira, maio 09, 2006

"Sangue azul"



Na Idade Média, blasfemar era um pecado mortal e, os camponeses, jamais se arriscavam a nele incorrer. Os senhores feudais, porém, costumavam fazê-lo sem o menor escrúpulo, até ao dia em que certo jesuíta, favorito do rei, lhes proibiu empregar o nome de Deus em suas blasfémias predilectas. Eles contornavam essa dificuldade substituindo “Deus” por “Azul”.
E , assim, essas imprecações foram-se modificando:

Par la mort de Dieu (pela morte de Deus) passou a ser Morbleu;Sacré Dieu (Santo Deus) passou a ser Sacrebleu;Par le sang de Dieu (Pelo sangue de Deus), Palsembleu, etc...


A criadagem, que ouvia essas imprecações, retinha apenas o final, ou seja, Sang Bleu, sangue azul. O uso dessa blasfémia era privilégio da nobreza. Então, para distinguir um nobre de um plebeu, os criados costumavam dizer: "Esse é um sangue-azul!".
http://www.imasters.com.br/artigo/3361
(esta informação foi integralmente transcrita do site transcrito, tendo sido apenas feitas algumas correcções gramaticais, ortográficas e sintácticas). Poderemos então sintetizar que “ sangue azul” se tornou sinal de nobreza e de privilégio. Vide foto que ilustra bem essa situação de “ favorecido”… O camponês como “animal de carga” para nobres e religiosos, mantêm-se ainda no século XIX e grande parte do século XX….
Doença azul ou sangue azul tem também a ver com uma situação clínica em que o indivíduo revela, numa parte do corpo, veias de coloração azul, devido à fraca oxigenação dessa zona. Parece ser também uma expressão popular.
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php

sexta-feira, abril 28, 2006

Os blogs e as suas razões

Por que razões fazemos este blog?

1) Porque somos muito curiosos;
2) Porque queremos que os alunos sejam ainda mais curiosos;
3) Porque somos de história;
4) Porque somos professores;
5) Porque gostamos "à brava" de ser professores, apesar de...;
6) Porque nos divertimos bastante;
7) Porque somos convencidos e achamos sempre que temos coisas para dizer;
8) Porque gostamos que os alunos gostem de história;
9) Porque gostamos de contar histórias;
10) Porque sabemos de informática o suficiente para perceber a instrução "Publicar postagem";
11) Porque conhecer o que se passou no passado é essencial para compreender o presente;
12) Porque gostamos de fazer coisas novas;
13) Porque este é mais um espaço para os alunos "verem" os seus trabalhos;
14) Porque o Conselho Executivo não proibiu e o Ministério também não;
15) Porque o Conselho Executivo apadrinhou o "passadocurioso";
16) Porque, se calhar, o Conselho Executivo é tão curioso como nós;
17) Porque a "Guilhotina" corta as cabeças a direito (e nós não gostamos de coisas tortas) e lança ideias a torto e a direito;
18) Porque a"BloodyMary" tem muitas histórias sangrentas para contar;
19 Porque o Raspoutine é tão místico que guarda as coisas giras que sabe só para si;
20) Porque que temos uma rainha e mãe e é de aproveitar tanta nobreza;
21) Porque o Espada Xim tem a espada romba, mas a língua afiada e a barba aparada;
22) Porque a gente gosta do passado, e pronto!






























terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril de 1974


No dia 25 de Abril de 1974, uma revolução pôs fim a 48 anos de ditadura em Portugal.
A rádio transmitiu duas canções que serviram como sinal para que os militares tivessem a certeza que podiam desencadear as operações militares. Eram as senhas para o início da revolução dos cravos!


E Depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

José Niza


Grândola Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Zeca Afonso

quarta-feira, abril 19, 2006

Massacre de Judeus em Lisboa



Transcrição:
“Da Contenda Cristã, que Recentemente Teve Lugar em Lisboa, Capital de Portugal, Entre Cristãos e Cristãos-Novos ou Judeus, Por Causa do Deus Crucificado”.
Panfleto anónimo, com apenas seis folhas, impresso na Alemanha (presumivelmente poucos meses depois do massacre de Lisboa). O “progrom” de 1506 contra os judeus de Lisboa é descrito em detalhe e as matanças contadas ao pormenor por uma testemunha ocular. A gravura do frontispício mostra os corpos mutilados e envoltos em chamas de dois judeus portugueses, dois irmãos, os primeiros a morrer num massacre que vitimou mais de 4 mil pessoas.(A gravura original encontra-se na Houghton Library, na Universidade de Harvard).

No "pogrom" de Lisboa de 19 de Abril de 1506, durante o reinado do Rei Manuel I de Portugal, um "cristão-novo" (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo sob pena de morte) expressa as suas dúvidas sobre as visões milagrosas na Igreja de S. Domingos em Lisboa. Como consequência, cerca de 4000 judeus, homens, mulheres e crianças, foram massacrados pela população católica, incitados por frades dominicanos. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca que assolava o país. A matança durou três dias.

(
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa)

Até onde pode levar o fanatismo e a intolerância religiosa!…Uma das descrições da matança foi feita pelo cronista Garcia de Resende na “Miscelânea”:

"Vi que em Lisboa se alçaram/povo baixo e vilãos/contra os novos cristãos/mais de quatro mil mataram/dos que houveram nas mãos. /Uns deles vivos queimaram, /meninos despedaçaram, /fizeram grandes cruezas, /grandes roubos e vilezas, /em todos quanto acharam".

e ainda...
“..a uns quatro mil deles passaram-nos a golpe de espada e colocaram a mão nos despojos; violaram as suas meninas e donzelas e as suas mulheres…uma mulher matou um dos monges que a tentou violar, com o instrumento que levava na mão.”
in: Yosef Ha-Kohen, El valle del LLanto.
Informação do Jornal O Público,em 16 de Abril de 2006
E ainda...
Ligação gentilmente cedida por Espada Xim sobre o tema:



quinta-feira, abril 13, 2006

Porque "pictura est laicorum literatura", aqui fica o resto da ilustração da época

Descida da Cruz
Ressurreição
Ascensão
A expressão é de Umberto Eco em o Nome da Rosa.
As pinturas são de António Nogueira, século XVI e estão no Museu Regional de Beja

quarta-feira, abril 12, 2006

Crucifixação e flagelação


A crucifixação era um castigo muito utilizado pelos romanos, na antiguidade.
Jesus Cristo parece ter sido uma das suas vítimas , por perturbar a ordem pública e política.
A Páscoa, no Cristianismo, celebra a ressurreição de Cristo, após a sua morte na cruz.

Antes da crucifixação, era uso praticar a flagelação para enfraquecer o condenado. As pontas do látego ( espécie de chicote com duas ou mais tiras em pele ) podiam ser de chumbo ou ossos de carneiro.Horácio diz, "sectum flageIlis. . . prae­conis ad fastidium - dilacerado pelos açoites. .. até enfas­tiar o carrasco".

As dores eram, certamente, horríveis. Aqui vai a explicação científica das reacções do corpo ao suplício:

"O crucificado acabava morrendo por asfixia. O peso do corpo, pendente dos braços esticados para cima, provocava cãibras terríveis que se espalhavam por todo o corpo. Cãibras que afectam os músculos que permitem a inspiração: os pulmões enchem-se de ar, mas não conseguem expirar. Com isso a oxigenação do sangue começa a entrar em colapso. O condenado podia recuperar a respiração durante algum tempo firmando-se nos pés para erguer o corpo. Os pés estavam amarrados ou pregados, e por isso não era possível apoiar-se sobre eles por muito tempo. Faltando o apoio, o corpo novamente pesava sobre os braços e recomeçava o sufocamento. Para interromper o ciclo e apressar a morte bastava quebrar as pernas do condenado."
Para saber mais:
http://www.psleo.com.br/b_paixao_cristo.htm

domingo, abril 02, 2006

O Assador (revisitado)

O assador faz parte de uma pintura do início do século XVI ( O Inferno) e pode ser visto aqui:



Ver e saber mais em: http://www.uc.pt/artes/6spp/

sexta-feira, março 31, 2006

O monumento do post de 25/3...


também já foi representado assim:



Outros tempos!



Hoje está com óptimo aspecto
numa cidade que é património mundial!


Dá-me a honra de uma dança?


Menina ou senhora que se prezasse nunca deixava de se fazer acompanhar do seu "carnet" nos bailes românticos do séc. XIX. Nele anotava de forma ordenada o nome dos cavalheiros que lhe pediam a honra de uma dança. E alterar a ordem de inscrição era considerado uma ofensa grave para aquele que era ultrapassado.
O "carnet" de baile era uma espécie de caderninho com uma lapiseira e uma corrente que o prendia ao pulso. Os mais luxuosos tinham capa de ouro ou prata decorada com diamantes e rubis. (Uma boa sugestão para o Dia da Mãe. Não acham?)

terça-feira, março 28, 2006

Que têm em comum o Galo de Barcelos, o Decepado e Uma Tourada Em Salvaterra de Magos no Século XVIII????


Pois é!! Em comum têm o facto de serem histórias que os nossos Contadores de Histórias contaram hoje, na final do concurso.

Eram sete os finalistas:
Bernardo de Sousa, do 6ºE (Marquês de Pombal) ;
Pedro Jacinto, do 6ºC (D. Sebastião);
Daniela Correia e Tânia Cabral do 6º J (Marquês de Pombal);
Rui Antunes, do 5ºN (O Decepado);
Andreia Ventura, do 6ºL (O Galo de Barcelos);
Ricardo Nunes do 6º G (Corrida de Touros em Salvaterra de Magos, no século XVIII).

Os vencedores foram:
Ricardo Nunes - 1º lugar;
Andreia Ventura - 2º lugar;
Rui Antunes - 3º lugar.

Os nossos parabéns aos vencedores, aos finalistas e a todos os alunos que participaram no nosso "Contador de Histórias da História".

Um agradecimento também aos alunos que integraram o júri.


Imagens deste post em:

http://www.ribatejo.com/hp/

http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/marco0401.html

segunda-feira, março 27, 2006

A mania dos óculos (bem à portuguesa e muito actual)

Em Portugal era moda, no século XVIII, usar-se óculos. Havia-os para todos os gostos. (Tal como agora.) Os mais vulgares eram os chamados "Óculos de mocho" - redondos, com aros de búfalo, prata ou ouro (hoje chamar-se-iam óculos de Harry Potter) -, muito usados pelos frades e professores. Também havia os óculos de um vidro só e punho dourado, utilizados como adorno pelos elegantes para lhes dar um ar de distinção e sabedoria (só ar!).
Os estrangeiros, ridicularizando a mania dos óculos em Portugal, costumavam dizer:
- Usa óculos? É português, com certeza...