Não, não é nenhuma história de " faca e alguidar"...
Será que esta expressão vem da matança do porco em que se punha fim à vidinha do dito e se aparava o sangue do mesmo naquele recipiente? E moira? Porque é preta como a moirama?
Os nossos alunos dirão: " sangue...que nojo!"
Pois sim...mas é uma iguaria apreciada por muitos consumidores de petiscos!
Nos tempos em que não havia frigorificos para conservar os alimentos e era necessário aproveitar todas as partes do porquinho da matança, até o sangue do bicho era - e ainda hoje é - aproveitado. Morcelas de cebola são uma variante, mas há também as morcelas de arroz, típicas da Estremadura.
O sangue fresco do porco é temperado com sal e pimenta, e diluído com vinagre e vinho tinto.Junta-se carne entremeada de porco, cortada em pedaços miúdos, alho, cebola, salsa, cominhos e cravinhos e deixa-se marinar durante cerca de oito horas, mexendo de vez em quando.O arroz, cozido à parte e escorrido, é adicionado ao preparado. Enchem-se as tripas, depois de muito bem lavadas e esfregadas com limão. Podem ser servidas, após leve cozedura em água temperada com sal, louro e cebola.
4 comentários:
Saúda-se o regresso de BloodyMary com mais um episódio da saga do sangue. Este bem mais apetitoso.
Começar o dia assim é como tomar o pequeno almoço já a pensar no almoço.
Obrigado por nos lembrar que há curiosidades da história comestíveis!
Esta curiosidade é dedicada a uma pessoa com o nome parecido (bem...igual) ao titulo!
Um grande beijinho para ela.
No que respeita ao nosso país, deve dizer-se que de um modo geral o português medieval, alimentava-se das mesmas carnes que o português de hoje se alimenta, embora não tivesse o peru, "mas em contra partida. . . dispunha de muitos porcos monteses e de muitos cervos, de ursos e de outros animais hoje quase ou totalmente desaparecidos do país" (*) .
Na Época Moderna, a carne, "uma das mais importantes fontes de proteínas de origem animal, gozou sempre de imenso prestigio, devido à excepcionalidade do seu consumo, por ser a um elevado preço, daí que a carne se tivesse mantido sempre determinada e até limitada socialmente. A carne tornava-se assim num produto de luxo e conservou essa característica, pelo menos, até meados do século XIX" (**).
in * Carneiro, Eduardo Santos Carneiro(2000)-Alimentação em Portugal.
Eduardo Santos Carneiro, prof de História V.N.Famalicão
Antes de tudo, eu nao posso escrever o portuguese muito bom...
Eu nao tenho um comentario mas eu estou procurando uns receitas portugueses e o modo como fazer os mesmos:
Linguica
Morcelas
Salpicao
Chourico
Toremos
Vinha alho
Faz favor se algum mim pode mandar informacoes sob esse tipos da carnes? A minha viz avo' que eu nunca conhecida fazia esse pratos e tudo a familia falou como era tao bom... mas nem um aprendou com ela fiz os pratos. Na nossa familia sejem coisa perdias e eu acho isso muito ruim. Quando encontro eu compro essas coisas e fico pensando se era assim os pratos da minha viz avo'?
Eu lhe agradecou pra' qual quer ajuda mim pode asitir.
Muito obrigado,
Domenic
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