O Carnaval é, por excelência, o período espectacularmente mais festivo do ano. Nesta época, que antecede os 40 dias que compõem a Quaresma, tudo (ou quase tudo) é permitido. As pessoas saem à rua envergando máscaras que ocultam a sua identidade, vestindo trajes que escondem a sua personalidade e tomando atitudes muito diferentes das que são, geralmente, socialmente aceites.
O Carnaval, como o conhecemos hoje, tem a duração de três dias que vão do Domingo Gordo à Terça-feira Gorda. A quarta-feira seguinte, conhecida por Quarta-feira de Cinzas ou Entrudo (do latim, introitus, que significa entrada), simboliza a entrada no período da Quaresma, que antecede a Páscoa.
Sobre a origem da palavra, não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que a palavra Carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra leva-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma, uma pausa de 40 dias nos excessos cometidos durante o ano, excessos esses que incluem, segundo a religião católica, a alimentação. Assim, a Quaresma era, na sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos como a carne.
Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de currus navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da Primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma e, posteriormente, entre os Teutões.
De qualquer forma, seja qual for a origem da palavra Carnaval, a verdade é que o seu conceito se fundiu completamente na sociedade. Brincar ao Carnaval é já uma tradição que poucos dispensam!
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