D. Pedro IV

D. Pedro IV

Procure outros sítios curiosos


Search WWW Search passadocurioso.blogspot.com

domingo, abril 22, 2012

Moletes

É o nome de um tipo de pão, atualmente mais conhecido por papo-seco ou carcaça. Conta a estória que em 1809, durante a segunda invasão francesa, as tropas invasoras permaneceram em Valongo, numa altura em que houve falta de cereais. Para poder alimentar os seus soldados, o General Moulet, que comandava as tropas invasoras, decretou a diminuição do peso e do tamanho do pão para metade. Sobre o mesmo pão, existe ainda outra variante da estória, segundo a qual a palavra molete deriva da aportuguesação do nome do General Moulet. Consta que os seus serviçais exigiam aos padeiros de Valongo pães mais pequenos do que os que eles fabricavam. Obrigados a fabricar pães mais pequenos para o General, alguns padeiros vendiam-nos também aos compradores valonguenses. Admiradas, ao verem aqueles pães pequeninos, as pessoas perguntavam que pão era aquele, ao que os padeiros respondiam que era o pão do General Moulet. A clientela provou, gostou e, aos poucos, começou a consumi-lo. Com a repetição o pão ficou conhecido por molete.
O Ministério da Educação e Ciência ofereceu, à Biblioteca Escolar, a obra “Quadros da História de Portugal” reeditado, em cerimónia pública, na Escola Secundária de Bocage, em Setúbal, na presença do Dr. Mário Soares (filho de um dos autores do livro), um representante da Gradiva Publicações e o Presidente do Conselho de Administração do Montepio Geral, entidade bancária patrocinadora desta obra literária e histórica, que revisita a História de Portugal através de alguns dos episódios mais marcantes. O Gerente do Montepio de Monte Abraão entregou o exemplar desta obra ao Diretor do Agrupamento, Agostinho Mateus, num breve momento que contou com a presença da prof.ª Odete Almeida, uma das professoras bibliotecárias do Agrupamento. Visualiza algumas das pinturas que fazem parte desta obra:

quarta-feira, abril 18, 2012

Estado Novo



O Estado Novo (1926-1974) (Clica no título para saber mais)

Durante a ditadura militar que se seguiu ao golpe militar de 1926, a Constituição de 1911 vigoraria apenas em teoria, tendo sido alterada por sucessivos decretos governamentais. Sendo, no entanto, uma das bandeiras deste golpe o anti-parlamentarismo, depressa se compreenderá que entre 1926 e 1935 - data do início da primeira legislatura da Assembleia Nacional do Estado Novo - a ideia de Parlamento, enquanto órgão de soberania, não conste das prioridades políticas do poder.


A Assembleia Nacional na Constituição de 1933

Longe dos debates de uma assembleia constituinte, a Constituição de 1933 foi plebiscitada (1) a partir de um projecto de constituição concebido e elaborado pelo Presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar, coadjuvado por um pequeno grupo de colaboradores.

A Constituição de 1933, embora formalmente estabelecesse um compromisso entre um estado democrático e um estado autoritário, permitiu que a praxis política conduzisse à rápida prevalência deste último.

Os direitos e garantias individuais dos cidadãos previstos na Constituição, designadamente a liberdade de expressão, reunião e associação, serão regulados por "leis especiais".

A primeira Assembleia Nacional foi eleita em 1934 por sufrágio directo dos cidadãos maiores de 21 anos ou emancipados. Os analfabetos só podiam votar se pagassem impostos não inferiores a 100$00 e as mulheres eram admitidas a votar se possuidoras de curso especial, secundário ou superior. O direito de voto às mulheres já fora expressamente reconhecido pelo decreto 19.894 de 1931, embora com condições mais restritas que as previstas para os homens.


A capacidade eleitoral passiva determinava que podiam ser eleitos os eleitores que soubessem ler e escrever e que não estivessem sujeitos às inelegibilidade previstas na lei, onde se excluíam os "presos por delitos políticos" e "os que professem ideias contrárias à existência de Portugal como Estado independente, à disciplina social..." (2). É na I Legislatura da Assembleia Nacional que encontramos, pela primeira vez, três mulheres Deputadas.

A Assembleia Nacional, prevista nesta Constituição, tinha estrutura monocameralista. Existia também a Câmara Corporativa, que era um órgão de consulta, embora, de facto, se tivesse transformado num importante centro de grupos de pressão, representando interesses locais e socio-económicos.


Na versão original do texto constitucional, o poder legislativo é atribuído exclusivamente à Assembleia Nacional, embora essa actividade legislativa se devesse restringir à aprovação das bases gerais dos regimes jurídicos, permitindo-se que o governo legislasse no uso de autorizações legislativas ou "nos casos de urgência e necessidade pública", devendo, neste caso, o governo apresentar o decreto-lei à Assembleia, para ratificação, nas cinco primeiras sessões após a sua publicação.

Vasco da Gama


Até hoje paira uma grande dúvida sobre a célebre nau São Gabriel. Esta nau, que foi a embarcação-capitânia (de comando) da pequena frota de Vasco da Gama, foi utilizada por Pedro Álvares Cabral para comandar a frota que veio ao Brasil em 1500? A resposta é: tudo indica que sim.
As autoras Jacqueline Penjon e Anne-Marie Quint, que escreveram um capítulo sobre a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, na obra intitulada Lisboa Ultramarina, mencionam, na página 144 do referido livro, o seguinte trecho: "O comandante da frota era um gentil-homem, Pedro Álvares Cabral.

Navegava ele na nau São Gabriel, remanescente da viagem de Vasco da Gama à Índia".
A viagem de Vasco da Gama à Índia foi importantíssima, pois este bravo navegador português descobriu o caminho marítimo para a Índia, contornando o Sul do continente africano, através do Cabo da Boa Esperança. A disputa pelas descobertas marítimas se acirrou entre os reinos de Portugal e Espanha, após a descoberta da América por Cristóvão Colombo, em 1492.
A disputa entre os dois reinos perdurou e exacerbou-se até que, graças ao gênio diplomático de Dom João II, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, em junho de 1494, o qual dividia o mundo de pólo a pólo, numa linha que passava a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde.


Para muitos historiadores, tanto portugueses como brasileiros, reside aí a maior prova de que o Brasil já estava descoberto antes dessa data. Se, durante alguns anos se manteve sigilo da descoberta, teria sido para evitar complicações com os soberanos vizinhos.
Em 1958, num trabalho intitulado Três Roteiros Desconhecidos de Ahmad Ibn Madjid, o Piloto Árabe de Vasco da Gama, o historiador russo Chumovsky levantou a tese de que, em 1495, ano da sua morte, o rei Dom João II mandara uma expedição à Índia, a qual teria naufragado ao largo de Sofala.
Em 8 de julho de 1497, partiu de Lisboa a pequena frota de Vasco da Gama rumo à Índia. Era constituída de três naus e uma caravela: quatro embarcações ao todo.